05/11/2015 - Investimentos e Noticias
É difícil encontrar quem nunca ouviu falar de Diabetes. Mesmo assim, aproximadamente 3 milhões de pessoas têm a doença e não sabem no Brasil, de acordo com pesquisa da Federação Internacional de Diabetes. Caracterizado pelo excesso de glicose no sangue, a chamada hiperglicemia, o Diabetes decorre da ação inadequada da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e responsável pela metabolização da glicose, mas também pode ocorrer quando não há produção dele pelo organismo. A Dra. Roberta Frota Villas Boas, endocrinologista do Centro de Rim e Diabetes do Hospital 9 de Julho, explica que, quando não tratado, o diabetes pode causar sequelas graves e, por vezes, irreversíveis ao organismo, como a cegueira ou a doença renal crônica.
O Diabetes Tipo 1 ocorre principalmente em crianças e adultos jovens. Nesses casos, a produção de insulina pelo pâncreas é praticamente nula. O Diabetes Tipo 2 é mais comum em adultos e está associado ao sobrepeso. “Nesses pacientes o excesso de gordura corporal atrapalha a ação da insulina resultando, com o passar dos anos, em hiperglicemia”, afirma a especialista. No Diabetes Tipo 2, porém, há um agravante.
Durante anos a pessoa pode não apresentar sintomas e, com isso, não procurar o tratamento adequado. A falta de tratamento faz com que a doença evolua com complicações, tanto no Tipo 1 quanto no Tipo 2.
Isso ocorre porque causa alterações funcionais e estruturais ao longo do tempo tanto nos vasos responsáveis pela macro quanto os que fazem a microcirculação. Entre as complicações de diabetes, as mais importantes são a retinopatia, a nefropatia e a neuropatia.
Retinopatia diabética
O excesso prolongado de glicose no sangue pode deteriorar os vasos sanguíneos da retina tornando-os mais permeáveis e possibilitando o extravasamento de sangue e fluído, formando um inchaço local. Inicialmente, o paciente percebe a visão turva, quadro que pode evoluir para perda parcial ou total da visão.
Nefropatia diabética
Essa complicação consiste em uma alteração nos vasos sanguíneos dos rins, que leva à perda de proteína por meio da urina. A nefropatia diabética faz com que o órgão reduza sua função lentamente, porém, de forma progressiva, até a paralisação total. Como normalmente não há sintomas, o paciente só descobre o problema quando a doença renal já está avançada, tornando-se crônica.
Neuropatia diabética
Distúrbio do sistema nervoso periférico causado pelo Diabetes, a neuropatia consiste em danos nos nervos ao longo do corpo. O tipo mais comum dessa complicação afeta as extremidades, como pés, pernas, mãos e braços. Ela ocorre porque o excesso de glicose no sangue diminui o oxigênio que chega aos nervos por meio de pequenos vasos sanguíneos.Prevenção
Para evitar as complicações do Diabetes, o paciente precisa seguir as recomendações médicas e manter um estilo de vida saudável. Entre os cuidados mais importantes estão a prática de exercícios físicos, controle da dieta, realização do autoexame para medição da glicose, evitar o consumo de álcool e cigarro. São recomendados também cuidados especiais com os olhos e com a saúde bucal.
“As células da córnea da pessoa com diabetes tem algumas diferenças com relação a dos outros pacientes, o que torna os olhos portas de entrada para várias infecções e doenças como glaucoma e catarata”, afirma a Dra. Roberta Frota Villas Boas. “No caso da saúde bucal também é importante ter um acompanhamento periódico com o dentista porque o sangue do diabético, com alta concentração de glicose, é mais propício ao desenvolvimento de bactérias. Como a boca é a via de entrada dos alimentos, por ali passam vários corpos estranhos que, junto com o resto de comida, favorecem a proliferação de bactérias”, completa.
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